domingo, 15 de agosto de 2010

Apologia ao domingo!

Já ouvi muita gente dizer que odeia o domingo, eu adoro!

As pessoas costumam odiá-lo porque, teoricamente, nesse dia não tem nada pra fazer ou porque depois dele, aproximadamente 8 horas depois, todos deverão voltar ao trabalho. Vou contar porque adoro o domingo falando um pouco do meu domingo...

Gosto de deixar o despertador ativado para o mesmo horário que costumo acordar durante a semana, 5h30, afinal não poderia me privar da delícia que é saber que eu não preciso levantar e que posso dormir mais 10 minutos, meia hora, 3 horas, o quanto eu quiser. Enfim, depois que dormi o quanto meu corpo desejou - o que não é muito- costumo acordar por volta das 8h30, então alguns domingos eu me animo a comprar pão fresquinho, às vezes prefiro não resistir a minha enorme preguiça matinal, daí como pão amanhecido mesmo, assisto um pouco de cultura inútil e ai sei lá, depende do dia, às vezes leio um livro, às vezes escrevo no blog, às vezes fico proseando no MSN, dançando no quarto, fazendo caras e bocas no espelho ou fico à toa mesmo, pensando na vida... faço tudo isso vestindo meu confortável pijama, gosto de ficar de pijama ou camisola (depende!) o domingo todo - se me der vontade - hoje eu fiquei, também não passei meus cremes hidratantes, tônicos e bloqueador, também não penteei o cabelo...tudo bem! meu cabelo nem precisa, mas se precisasse eu não pentearia...é domingo rs. Na hora do almoço como comida gordurosa e refrigerante sem culpa e depois uma sobremesa bem doce e pesada, sinto-me cheia o dia todo e depois como mais um pouquinho – porque é de noite – de comida gordurosa na jantar. Ahh!!esqueci de falar, depois do almoço gosto de assistir filmes, adoro quando não consigo resistir e me rendo àquele soninho depois do almoço. Também adoro domingos em que fico totalmente sozinha... estranho, mas acredito que doses homeopáticas de solidão fazem bem ao equilíbrio emocional das pessoas, já escrevi sobre isso no blog (“No cárcere da hiprocrisia”). Vocês devem estar se perguntando, mas o que essa rosa vê de tão excepcional em coisas tão bananais? Trata-se das coisas simples da vida, da felicidade nas pequenas coisas e, principalmente, de fazer valer nossas vontades inúteis, despreocupadas e autênticas, afinal quantas vezes, durante a semana, fazemos coisas que não queremos? Também as fazemos no domingo, tem muita gente que trabalha de domingo, mas não importa, o que eu quero dizer é que precisamos nos permitir ficar à toa, vegetando no sofá, se essa for nossa vontade, e não ficarmos preocupados com a ideologia do Carpe Diem ou com a culpa do sendetarismo. Como o domingo é um dia em que eu não preciso trabalhar, gosto de simplesmente fazer o que quero, na hora em que quero, do jeito que quero. Domingo é o dia em que meu querer fala mais alto que os compromissos marcados, que o padrão de vestimenta, que a preocupação estética, que toda essa droga que ingerimos, paulatinamente, no viver em sociedade.

Bom, acho melhor eu parar por aqui, estou começando a ficar revoltada e não quero isso no meu domingo. Eu sei que tem gente que vai pensar nem todo mundo pode ser dar ao luxo de fica um dia à toa, sei de tudo isso, compreendo todas as mazelas da sociedade, apesar da minha vidinha “fácil”etc etc...mas como eu disse é o meu domingo... vou pensar apenas no que estou com vontade!!!!

Deixo uma pergunta...

Como estão seus “domingos”?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aos meus amigos...

Data oportuna para um post com este título... Dia do Amigo! Devo confessar que este fato me deu um “empurrãozinho”, mas vou escrever de um sentimento que existe há muitos anos. Hoje vou escrever sobre amizade e para meus verdadeiros amigos. Logo que comecei a refletir sobre o tema me lembrei de uma imagem do Orkut, o famoso site de relacionamentos, onde no lado direito da tela existe o ícone “Amigos” e entre parênteses o número de amigos, pelo que me lembro (deletei a quase 3 anos) a maioria das pessoas tinha no mínino 100 amigos, dos quais, no máximo, 10 poderiam ser chamados de amigos, porque pelo significado léxico amizade é: “sentimento fiel de afeição, estima ou ternura entre pessoas que em geral não são parentes nem amantes”. Este foi apenas um dos motivos que me fizeram deletar meu Orkut, quantas pessoas daquelas centenas queriam realmente meu bem, eu só podia garantir 10 e os outros cento e poucos ou duzentos e poucos...o que eles desejavam a mim, o que eles realmente sabiam de mim. Desta forma eu proporia aos criadores do Orkut mudar o ícone para “Amigos e Colegas” ou “Conhecidos e Amigos” etc. Dez foi um número aleatório e não é importante, mas é fato que tenho por poucas pessoas não parentes “sentimento fiel de afeição” e dedico este texto a eles.
Tenho uma idéia bem simples sobre a importância desses amigos na minha vida... tenho orgulho de quem sou pelos amigos que mantive ao meu lado, meus amigos me mostraram o quão boa sou ou posso ser, vendo além de meus defeitos, vendo meu lado frágil que pouquíssimas pessoas conhecessem. Muita gente julga as pessoas pela superfície e desse tipo de pessoa não me importa nem o julgamento mais repugnante, pois, estas, não estão ao meu lado e não tem o prazer de receber o melhor que tenho a oferecer.
Além de terem me mostrado toda minha beleza eles me ensinam a cada dia. Sou uma pessoa muito abençoada, cada um de meus amigos são dádivas divinas que tem me transformado em uma pessoa melhor a cada dia. Cada um deles me inspira a evoluir como ser humano, todos tem defeitos – afinal quem não tem? – mas diante de suas perfeitas qualidades eu aprendi a compreendê-los, aprendi a respeitar cada um com seu limite e o meu próprio limite. Sou uma apaixonada por seres humanos e sou especialmente apaixonada por estes que tenho a sorte de chamar de Amigos. Com certeza ainda erro muito com meus amigos, mas em respeito a eles reflito e procuro não errar mais, por amá-los sinto o peso do arrependimento, consigo admitir o erro e pedir perdão.
Depois de ler tudo isso algumas pessoas devem estar pensando... poxa amigo também é aquele que está do seu lados nas horas tristes e alegres, é aquele que ouve suas lamúrias um milhão de vezes, que fala que você está ridícula quando está etc etc... com certeza amigo é isso também, mas, ao meu ver, tudo isso é fugaz se você não tem ao seu lado alguém que consegue te ver além dos defeitos, alguém que te inspire a ser uma pessoa melhor, alguém que possa ver sua verdade...
Bom é isso!!!!
Um forte abraço aos meus amigos...amo vocês.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Egocentrismo ingênuo

De repente me “caiu a ficha” de como eu e outras tantas pessoas acham que o mundo gira apenas para nos agradar ou desagradar, é meio sem querer e até ingênuo, quando precisamos que a chuva pare colocamos um ovo para Santa Clara, pedimos e rezamos com afinco, daí a chuva pára e achamos que foi por nós rs...todo o sistema climático modificado pela força de nossa humildade vontade. Caramba!!! e aquele nome escrito no muro que nos faz lembrar alguém que queremos esquecer...ahhhh com certeza um sinal divino de que aquela pessoa ainda está ligada a nós como se existe apenas poucos ciclanos no mundo e o destino manipulou um deles a escrever naquele muro para nos lembrar da tal pessoa...chega a ser engraçado, como também, as vezes, supomos que o mundo fez um complô para nos punir, que todas as forças da natureza, em uma reunião ultra secreta, decidiram que iriam tornar o nosso dia um inferno. Dizem... teorias como a do livro “O segredo” – que não li, então não tenho argumentos para dissertar sobre – que podemos “manejar” as forças eletromagnéticas do planeta (que existem) no sentido de nos favorecer e que tudo, mas tudo mesmo, pode ser conquistado pelo poder da mente, ou melhor, pelos raios super poderosos emitidos por nossos pensamentos...caramba fácil assim....hmmm poxa...meus raios estão com problemas, porque eu definitivamente não desejei ser roupada, não desejei cair de bicicleta, não desejei tantas coisas ruins e no entanto elas aconteceram! E as coisas boas que desejei? ? ? ? Bom... as que dependiam de mim eu tive que usar a mente para conquistar, mas também muito trabalho braçal, enfim....essa teoria não me conquistou, no entanto, eu sou uma egocêntrica ingênua, eu acho mesmo que uma semana de sol na praia, quando eu só tinha um semana para ficar lá, foi um presente da natureza especialmente para mim, porque afinal sou uma boa menina e luto pela qualidade ambiental rs. Nossa!!!! eu cheguei a conversar com as plantinhas pedindo que elas me ajudassem a passar no vestibular para que eu pudesse ajudá-las haha....e eu passei...certeza...foi culpa das plantinhas rs.
Eu comecei esse texto sem qualquer reflexão a respeito, queria expor um sentimento que, com certeza, outras pessoas compartilham, agora no final surgiram algumas hipóteses...
Seres humanos nascem sozinhos e morrem sozinhos é confortante saber que existe algo zelando por nós, este tema “egocentrismo ingênuo” sem querer me levou a pensar sobre minha espiritualidade, em que acredito ou deixo de acreditar, não quero entrar em questões religiosas, mas é fato que todo ser humano é carente por natureza, nasce e morre sozinho, mas não suporta viver sozinho por muito tempo, então é bem aceitável que, as vezes, ele se permita imaginar que o mundo tem todas as suas atenções voltadas para ele, é também agradável especular que certas coisas aconteceram exclusivamente por você, isso também serve para nos tornar um pouco maiores diante da constatação de que não somos nada na infinidade do universo.
No fundo a gente sabe que não é nada, sabe que nossa vida diante das vidas de nosso planeta é muito pouco, ou melhor, é pouquíssimo!! Mas quer saber, apesar de todas essas constatações, nada me tira da cabeça que cada ínfima parte desse planeta é essencial para sua sobrevivência, logo...eu – que não sou pequena – sou um pedaço bem grande de essencialidade ahuahuahuah...bom mas enfim, nem sei o que falei, se tem algum nexo...vai ser publicado...foi

domingo, 9 de maio de 2010

Desilusão amorosa

Inspiração é uma coisa muito louca, sem nenhum motivo aparente, sem qualquer experiência recente, minha ou de amigos, e principalmente, no dias das mães fiquei inspirada a escrever sobre desilusão, mais precisamente sobre desilusão amorosa.
As desilusões amorosas podem acontecer na infância, na juventude, na velhice, pode ser fraca, média ou forte, pode matar ou fazer viver.
Minha primeira desilusão foi na juventude, uns sete anos atrás, foi de intensidade média, por ser a primeira doeu um tanto bom, por ser platônica o sofrimento durou pouco. Mas desde aquela época percebi que uma desilusão é apenas a constatação das diferenças, dois personagens que aparentemente estava na mesma história percebem que estavam em histórias diferentes. Não existe culpados cada um apenas viveu a sua maneira, sentiu a sua maneira e um dia uma das partes percebeu a diferença. Dói, confunde, enraivece, mas no final é tudo muito simples... no começo eram duas vidas, contextos diferentes, desenvolvimento diferentes, mesmo que os dois tivessem sido criados da mesma forma, no mesmo lugar, com as mesmas pessoas, ainda existia uma diferença inerente do gênero, tratava-se de um homem e uma mulher, ainda sim existiam semelhanças, existia um química, quase irresistível e isso os uniu. A partir desse momento cada um faz sua parte, a mulher foi delicada, companheira e compreensível, o homem foi atencioso, carinhoso e prestativo, ambos fíeis, ambos felizes. Isso era o que se via na superfície, nos atos, nas atitudes, todos viam, era o casal perfeito. O que não se via era o interior, mais especificamente o campo das interpretações, é aqui onde se encontra o ponto crítico de qualquer relação, é aqui a fonte das desilusões, o campo das interpretações, o campo das diferenças, o campo sem culpados.
Explicando... muita gente consegue falar “eu te amo” com extrema facilidade, amam rápido e até intensamente, outras só falam depois de algum tempo, depois de muita segurança, e muito sentimento, isso é fato cada um ama de um jeito, cada um tem uma concepção de amor, cada um tem um pré-requisito para amar, logo em um relacionamento, cada um vai amar de uma maneira, cada um a sua maneira, e para dar certo tem que se amar de formas parecidas. No cotidiano outras diferenças são evidenciadas: um presente... para uma das partes pode ser um reles presente, mais um, para a outra parte um presente idealizado por longos anos; uma frase... para uma das partes pode ser palavra solta, para a outra uma promessa; um gesto... para uma das partes pode ser o gesto perfeito, para a outra parte mais um de outros tantos gesto rotineiros.
Enfim, tudo vai depender das interpretações que cada um dá para as coisas, e isso depende do contexto de cada um, da vida de cada um, em um relacionamento o que se busca é minimizar essas diferenças, o tempo juntos permite que as partes conheçam um ao outro, aceitando as diferenças.
Vários são os estopins, ninguém é culpado e a diferença de interpretações pode ser uma das causas. Na desilusão, alguém descobre uma ilusão e depois passa horas, meses e até anos, tentando entender como se iludiu tanto, quando na verdade ela apenas interpretou, da única forma que poderia, o amor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Filosofia do Rocky Lutador

Quem já assistiu algum dos filmes do Rocky Lutador sabe que o personagem de Sylvester Stallone só reage nas lutas depois de ficar todo ensanguentado de tanto apanhar. Em um dos seis filmes da série, acredito que no último, Rocky falou uma frase que é pura filosofia e que, além de explicar seu vício em apanhar (rs), também pode ser um bom lema a ser seguido. Ele disse:

“O QUE IMPORTA NÃO É A FORÇA COM QUE VOCÊ BATE E SIM O QUANTO AGUENTA APANHAR E AINDA SEGUIR EM FRENTE!”

Pensando no Rocky, com certeza uma das características que o fazia vencer era a sua resistência, agora pensando em nossa vida....quantas vezes já “apanhamos” da vida? Quantas vezes pensamos em desistir? Quantas vezes decidimos seguir em frente? Contando da perspectiva da minha vida – que é uma boa vida-, apanhei inúmeras vezes, pensei em desistir muitas vezes e decidi seguir em frente outras tantas. A filosofia do Rocky vem de encontro a uma suposição que está me incomodando a um bom tempo. Aqui, caros leitores, preciso fazer uma ressalva, após este parágrafo o texto será composto por meras suposições, minhas suposições, é importante deixar isso bem claro, pois suposições não são verdades, são apenas possibilidades, e gostaria que vocês optassem sobre essas possibilidades e até postassem aqui as suas suposições. Então sem mais delongas....
A filosofia do Rocky vem de encontro a minha suposição de que “cada um recebe aquilo que pode suportar”, logo se apanho muito é porque posso suportar. Às vezes, olhando uma pessoa paraplégica na rua, fico me questionando como seria se eu estivesse no lugar dela, como eu reagiria à tamanha “surra”, eu teria aquela felicidade no olhar? Eu teria aquela vontade de vencer? Este questionamento é bem incômodo para mim, porque percebo que muitas vezes fico extremamente desanimada e triste com coisas muito pequenas, imagina como eu ficaria se estivesse em uma cadeira de rodas. Com certeza quando estamos em situações como esta, mudamos, amadurecemos, descobrimos força onde não havia, reeditamos nossas motivações.
A suposição de que falo é baseada em fatos e até em outras suposições, às vezes eu noto que algumas pessoas precisam entrar na vida de outras, que aquela pessoa não é sortuda, mas recebeu um pouco de acalento divino, que algumas pessoas não têm certas coisas porque precisam viver sem elas, porque são fortes, ou porque precisam da falta para aprender a paciência. Enfim, suposições...
Meu medo maior não é apanhar, é o quanto ainda preciso apanhar, medo de não ser tão forte quanto foi suposto, medo de não encontrar o conforto no final da estrada. Medos, medos....todos cultivados pelo mistério da vida, pela incerteza do futuro...o futuro que é algo que não existe, mas pelo qual tomamos a decisão de continuar apanhando...contraditório? Não...é vida!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Por que ainda vou no 100 dias?

Muitas pessoas não acreditam que ainda frequento o 100 dias, mas eu frequento e frequentarei até sei lá quando.
Bom, antes de começar a falar sobre o 100 dias, devo explicar o que é o 100 dias para quem não conhece... O 100 dias é uma festa que tem como elementos: um trio elétrico, muita cerveja e, na maioria das vezes, lama, muita lama, ressaltando que é tudo de graça, porém a entrada não é liberada, tenta-se restringir a entrada apenas aos alunos da faculdade organizadora. Essa festa é oferecida pelos futuros formandos e o nome dela deveria representar o número de dias que faltam para formatura, mas nem sempre, ou quase nunca, representa.
Eu adoro o 100 dias, entendo esse dia como o dia em que voltamos a ser crianças, afinal em que outra fase da vida é gostoso rolar na lama rs. Criança não bebe cerveja (ou não deveria), mas um bêbado pode muito bem ter atitudes de criança quando bebe, e isso é gritante no 100 dias. Nessa festa homens e mulheres brincam de correr, de derrubar, de imitar, de se sujar... homens e mulheres simplesmente brincam! A partir da 12h, de uma segunda ou terça-feira comum, deixam suas obrigações adultas de lado e vão fazer coisas de crianças. A bebida pode ser perigosa, mas na medida certa e nos momentos de felicidade é também uma espécie de destruidora de barreiras, ela derruba o muro da vergonha, o muro do pudor, o muro da sensatez, traz de volta aquela despreocupada e inocente capacidade de falar sem pensar, de agir espontaneamente. Essa característica da bebida não poderia ser mais ideal em uma festa onde a estética é o menos importante, onde a maioria das pessoas usa suas piores roupas (aquelas prontas para serem jogadas no lixo), onde o cabelo não tem chapinha, nem gel, onde o protetor é o cosmético mais essencial.
O 100 dias devia ser livre de preconceitos, de inimizades, de errôneas interpretações, mas nada é perfeito, ainda mais quando é feito de humanidades. O 100 dias, para mim, é o “Dia das crianças” para adultos, onde exercito minha capacidade de brincar, tão esquecida em meu cotidiano adulto.
Quando estou lá, no meio de toda aquela criancice, eu rio à toa, às vezes deixo as lágrimas se unirem às gotas de cerveja. Rio pela felicidade de existir uma festa assim, choro de medo de ser meu último 100 dias.
Infelizmente, apesar de toda beleza infantil, nessa festa existem adultos com suas imperfeições que o mundo já não compreende tão bem, então nesse mesmo dia muitas criancices são entendidas como afronta, muita bricandeira como “fazer graça”, eu prefiro ver com olhos de criança, prefiro enxergar a pureza dos atos, a beleza dos sorrisos desses adultos, voltando a ser crianças.
Tem muita coisa ruim nessa festa também (incluindo 3 pontos no pé esquerdo rs), mas este texto é para dizer o motivo pelo qual ainda frequento, então é isso ai!
Agora deixo uma frase que formulei ao sair do último 100 dias que fui...

Quando eu não quiser mais brincar de viver, então estarei pronta para deixar a vida!

Frase forte não!!! Coisa de bêbada hauhauahuah

No momento quero brincar muuuuuuuuuuito então que venham os próximos 100 dias e outras oportunidades de ser criança rs

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Hmmm como é bom peidar!

Depois de um bom tempo sem escrever e ainda sem uma grande inspiração gostaria de fazer um teste comigo. Não queria escrever no blog textos autobiográficos, sei que vez ou outra escrevo posts falando de alguma situação particular, é claro que tudo que escrevo tem a ver com minhas percepções do mundo, mas tento evitar o subjetivismo, enfim...
Alguns leitores, amigos próximos, fizeram colocações sobre meus textos que achei extremamente interessantes, eles me disseram que meus textos são muito dramáticos – isso eu já sabia – mas também comentaram que eles não me enxergam nos textos, que pessoalmente não sou tão dramática e nem tão...como eu poderia dizer...complexa, viajada...eles também não conseguiram definir, apenas deixaram claro que o que escrevo não é o que sou. Essa colocação me deixou intrigada, achei interessante ser algo quando escrevo e algo quando convivo, ao mesmo tempo fiquei preocupada, ou melhor, incomodada. Por isso, este post seria uma tentativa de explicar tal duplicidade, mas não me agrada falar de mim no blog, será que meus leitores se interessam por quem sou? Eu sempre me interesso pelos autores que leio, como vivem e viveram é inerente ao que escrevem, mas isso não vem ao caso agora. O que deve ser discutido aqui é a origem da minha duplicidade, por isso estive avaliando como sou, ou como tento ser quando estou socializando, mas não quero falar sobre isso aqui, então vou tentar escrever um texto com esse outro lado....difícil, escrever pra mim exige mais complexidade e no conviver eu prefiro a simplicidade, o claro, o leve, para escrever eu escavo o escuro, interpelo o pesado, no conviver uso frases curtas, no escrever textos longos. Quem me conhece está acostumado com meus lapsos filosóficos, mas nem imagina o tamanho daquele questionamento e por isso talvez não me reconheça no blog.
Então vamos ao texto do meu lado conviver:

Conviver é: peidar...haha...palavra chula mas simples e pura, tudo que o conviver tem que ser, o conviver tem que respeitar, mas tem que liberar, tem que ter liberdade para chorar e para rir, tem que ter disposição para beber e cair, e levantar – claro -, tem que tirar um sarro, dançar feito um palhaço, tem que rir das “desgraças”e apoiar no bafão - se possível participar - conviver também tem que ser sério, ouvir sem limites, falar o necessário e as vezes o desnecessário, mas nunca perder o respeito, para viver é preciso coragem, para conviver é preciso verdade, você pode ser estranho, chato ou depravado, mas tem que ser verdadeiro, tem que estar sempre em primeiro, mas nunca colocar ninguém em segundo, tem que bravejar, mas nunca humilhar. Conviver é peidar sim, afinal quem não tem gases?...mas nem todo mundo consegue adquirir a liberdade de peidar ao lado do outro, mas quando se sabe que peidar é algo fisiológico que todo mundo faz e nem sempre consegue segurar é fácil soltar e perdoar rs.
Não quero com esse texto incentivar que todos saiam por ai peidando...foi só um exemplo chulo para dizer que conviver exige que tenhamos plena consciência de que o outro, além de peidar, também pode rir e chorar, exatamente como nós.


Ahhh voltando a minha "duplicidade"...quando convivo eu simplesmente não vejo nenhum problema em falar sobre peido, quando escrevo também não, só que quando escrevo prefiro ver o lado filosófico do peido. Entenderam? rs

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E se eu pudesse voltar no tempo...

Ontem assisti ao filme Efeito Borboleta, um filme que conta a vida de um jovem que herdou uma espécie de maldição - a capacidade de voltar no passado e mudá-lo – de seu pai. Maldição ou dom? Enfim, o filme me levou a questionar sobre as coisas que eu gostaria de ter feito diferente, porém nada me veio à cabeça, os fatos que eu gostaria de mudar estão além de mim e de minhas escolhas. Passamos dias, meses e até anos remoendo situações, questionando escolhas, imaginando palavras que poderiam ter sido caladas ou palavras que deveriam ter sido faladas, supondo que tínhamos o poder para ter feito diferente. Nesse momento entramos na velha e recorrente discussão sobre o que rege nossas vidas... Deus? Destino? Forças eletromagnéticas? Acaso? Não sei a resposta e nem me arrisco a escrever um post sobre isso, mas de uma coisa eu tenho certeza... no passado fizemos o que estávamos prontos para fazer naquele momento, não podemos esperar que nossa experiência de hoje fosse usada à 10 anos atrás, que nossa sensibilidade percebesse o que conseguimos perceber hoje, logo não acredito que eu poderia ter feito diferente, fiz aquilo que estava pronta para fazer.
Sendo assim, já que não podemos voltar no passado (não por enquanto), podemos, pelos menos, especular sobre como iríamos nos sentir se tomássemos essa ou aquela decisão, quem se conhece pelo menos um pouquinho, já consegue imaginar como irá reagir em certas situações, logo podemos decidir fazer ou não certas coisas e, assim, evitar o arrependimento. Também aprendi uma coisa bem simples... o que não gostamos de ter feito, podemos não fazer mais e ponto...o drama acaba e fica no passado, aprendemos com um erro e temos a escolha de não errar mais...simples... o futuro não é libertador!?
Talvez seja muito fácil falar de escolhas e erros em uma vida fácil, mas é fato que não podemos mudar o passado, por isso não vejo muito sentido em ficar remoendo além do aprendizado por isso termino o post com este perfeito trecho de um texto de Chico Xavier.

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”