domingo, 22 de junho de 2014

Enxergar a verdade no outro é o que nos mantém verdadeiros!

Acho que entendi porque as pessoas têm tanto medo de exposição, de falar sobre sentimentos, de mostrar e agir de forma sincera. A espontaneidade está fora de moda, a atitude despreocupada e inocente inexistente. As pessoas têm medo de ser verdadeiras demais porque isso as torna frágeis, expostas a má fé dos outros. Sartre já dizia “o inferno são os outros”.

Ser verdadeiro demais dói, enxergar verdade demais dói, por isso tem tanta mentira no mundo.

Verdade demais aproxima na mesma proporção que afasta, mas precisa de reciprocidade pra se manter viva, por isso muitos se tornam mentira paulatinamente.

Enxergar a verdade no outro é o que nos mantém verdadeiros!!

Pra encerrar um frase que escrevi em 2009, bêbada e aparentemente brava rs
“Que triste sociedade que prende seus sentimentos, que pobre humanidade que maquia sua humanidade...bem vindos ao nosso mundo, ao nosso teatro social...quantos mistérios tem uma alma para que precisemos escondê-los tão fervorosamente?”

sábado, 24 de maio de 2014

Poeminha de dia chuvoso



Não é fácil perceber...

Mas às vezes você só precisa de um pouco mais de paciência,

Precisa da fé alheia para renascer a sua,

Um pouco mais de insistência para afastar o medo,

Um olhar atento para enxergar a dor e respeito para compreender a extensão.

Às vezes você só precisa de um coração inteiro que espere a reconstrução do seu,

Muitas vezes isso é tudo que você não encontra...

domingo, 13 de abril de 2014

A grande mentira que contos de fadas contam


Tenho dúvidas se deixarei minhas filhas (se as tiver) assistirem filmes românticos, contos de fadas e outras coisas do gênero. Talvez eu queira que elas vejam filmes pornôs e leiam revistas como G Magazine. Por que? Tenha a impressão que foram os contos de fadas que me fizeram ser tão incorrigivelmente romântica, o que me faz sofrer demais por relações curtas, sem reciprocidade e com improvável futuro... sei que muita mulher também sofre disso! O que mais me incomoda é nossa postura ingênua e totalmente burra de achar que existe um problema externo na relação... “ahh o cara é traumatizado”, “foi a distância”, “falta de tempo” etc etc, qualquer motivo é mais relevante do que o óbvio ... “ele não gosta o suficiente de mim”. O pior é que sempre ouvimos de um amigo... “se o cara gosta, ele vai atrás”, mas preferíamos o conselho de uma amiga... “ele deve estar com medo, inseguro” haha... pelo amor quem embutiu essa visão romântica, absurda, em nossas cabecinhas femininas? Durante bons anos da minha vida idealizei histórias românticas na cabeça, vivi cada sentimento e sofrimento, aos 20 anos resolvi viver a realidade. Em meus sonhos sempre dois corações se encontravam, apaixonavam-se e todo e qualquer tipo de fator externo não era motivo para o sentimento acabar, nem mesmo morte e imortalidade impedia o nascimento deste, parecia que o mais fácil era encontrar o amor e o mais difícil vivê-lo. Na vida real aprendi, a duras penas, que o mais difícil é dois corações estarem alinhados, apaixonados e olhando na mesma direção e que todo e qualquer tipo de fator externo não significa absolutamente nada e nunca é impedimento pra nada. Basta que dois corações dispostos se encontrem, basta que algo inexplicável toque um e outro e pronto, a magia está feita.
Enfim, a grande a mentira que os contos de fadas contam?
Que o amor verdadeiro é fácil encontrar, mas que você terá alguns desafios para viver o.... "foram felizes para sempre" com ele!

Besteira... encontrar o amor é o grande desafio! É ele que nos exige paciência, determinação e persistência e não fatores como distância, tempo e traumas.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sobre casas velhas e relacionamentos



Moro em uma casa velha, quando mudei ela se encaixava perfeitamente nos meus requisitos financeiros e logísticos. Ela tem cômodos amplos e bem distribuídos, onde coloquei uma escrivaninha bem grande, uma cama bem larga e ainda me sobrou espaço para dançar em frente ao espelho. O chão de taco dá um charme especial à ela. Apesar de todas essas característica, o que me faz mesmo gostar dela é que me sinto em casa, confortável e a vontade. Essa casa era muito boa no começo, mas começou a me “dar problemas”, incompatibilidade com moradora, cupim no forro, mato no quintal, goiabas infinitas, crianças na goiabeira... depois veio a reforma, 2 meses sem casa para morar, cano quebrado, 160 reais de gastos com água, vidros quebrados, box quebrado, armário quebrado, vizinho bêbado, vizinha barraqueira, imobiliária oportunistas, enfim, o conto de fadas virou um conto de terror. Com tantos “defeitos” só me restava uma iniciativa...mudar de casa. Essa parecia a decisão mais sensata e assim comecei a procura... apartamentos apertados e caros, casas com cômodos estranhamente distribuídos e, sempre, quartos pequenos. Um dia, cansada de procurar, pedi a Deus que iluminasse minha procura e decidi que só mudaria caso encontrasse um outro lugar que me fizesse querer morar nele... não encontrei e decidi ficar na casa. Hoje eu continuo me sentido em casa, adoro meu quarto espaçoso com chão de taco, quando longe sinto falta do meu cantinho que me deixa tão à vontade. Os problemas diminuíram, agora nem lembro de nenhum. Moral da história... casas velhas dão problemas, novas também, hoje sempre penso... “mudar de casa teria resolvido alguns problemas, trazidos outros, mas talvez eu nunca me sentisse tão em casa, tão feliz e a vontade”. Hoje considero essa casa como uma conquista, é como se estivéssemos em um relacionamento, perfeito no começo, desafiador no meio e sintonizado no final. Relacionamentos seguem sempre esses três momentos: bons, desafiadores, sintonizados e isso vai se repetir e repetir por toda a vida a dois, nunca será um conto de fadas, terá sempre capítulos de “terror”. Mas a questão é... o que te faz ficar em um relacionamento? O que te faz ficar em uma casa velha? Para as duas perguntas aprendi que não deve ser a falta de problemas, porque eles sempre existirão, de forma cíclica. Na atualidade vejo muita gente tratando relacionamentos como casas velhas, que podem ser abandonadas no primeiro sinal de problema, como um produto que deve ser consumido até o prazer acabar.... uma pena, porque certos sentimentos você não encontra em qualquer casa, nem pode comprar em um mercado.

Pra finalizar uma perguntinha básica.... como você trata seus relacionamentos?