Acho que entendi porque as pessoas têm tanto medo de exposição, de falar sobre sentimentos, de mostrar e agir de forma sincera. A espontaneidade está fora de moda, a atitude despreocupada e inocente inexistente. As pessoas têm medo de ser verdadeiras demais porque isso as torna frágeis, expostas a má fé dos outros. Sartre já dizia “o inferno são os outros”.
Ser verdadeiro demais dói, enxergar verdade demais dói, por isso tem tanta mentira no mundo.
Verdade demais aproxima na mesma proporção que afasta, mas precisa de reciprocidade pra se manter viva, por isso muitos se tornam mentira paulatinamente.
Enxergar a verdade no outro é o que nos mantém verdadeiros!!
Pra encerrar um frase que escrevi em 2009, bêbada e aparentemente brava rs
“Que triste sociedade que prende seus sentimentos, que pobre humanidade que maquia sua humanidade...bem vindos ao nosso mundo, ao nosso teatro social...quantos mistérios tem uma alma para que precisemos escondê-los tão fervorosamente?”
Rosa Esclarecida
domingo, 22 de junho de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
Poeminha de dia chuvoso
Não é fácil perceber...
Mas às vezes você só precisa de um pouco mais de paciência,
Precisa da fé alheia para renascer a sua,
Um pouco mais de insistência para afastar o medo,
Um olhar atento para enxergar a dor e respeito para compreender a extensão.
Às vezes você só precisa de um coração inteiro que espere a reconstrução do seu,
Muitas vezes isso é tudo que você não encontra...
domingo, 13 de abril de 2014
A grande mentira que contos de fadas contam
Tenho dúvidas se deixarei minhas filhas (se as tiver) assistirem filmes românticos, contos de fadas e outras coisas do gênero. Talvez eu queira que elas vejam filmes pornôs e leiam revistas como G Magazine. Por que? Tenha a impressão que foram os contos de fadas que me fizeram ser tão incorrigivelmente romântica, o que me faz sofrer demais por relações curtas, sem reciprocidade e com improvável futuro... sei que muita mulher também sofre disso! O que mais me incomoda é nossa postura ingênua e totalmente burra de achar que existe um problema externo na relação... “ahh o cara é traumatizado”, “foi a distância”, “falta de tempo” etc etc, qualquer motivo é mais relevante do que o óbvio ... “ele não gosta o suficiente de mim”. O pior é que sempre ouvimos de um amigo... “se o cara gosta, ele vai atrás”, mas preferíamos o conselho de uma amiga... “ele deve estar com medo, inseguro” haha... pelo amor quem embutiu essa visão romântica, absurda, em nossas cabecinhas femininas? Durante bons anos da minha vida idealizei histórias românticas na cabeça, vivi cada sentimento e sofrimento, aos 20 anos resolvi viver a realidade. Em meus sonhos sempre dois corações se encontravam, apaixonavam-se e todo e qualquer tipo de fator externo não era motivo para o sentimento acabar, nem mesmo morte e imortalidade impedia o nascimento deste, parecia que o mais fácil era encontrar o amor e o mais difícil vivê-lo. Na vida real aprendi, a duras penas, que o mais difícil é dois corações estarem alinhados, apaixonados e olhando na mesma direção e que todo e qualquer tipo de fator externo não significa absolutamente nada e nunca é impedimento pra nada. Basta que dois corações dispostos se encontrem, basta que algo inexplicável toque um e outro e pronto, a magia está feita.
Enfim, a grande a mentira que os contos de fadas contam?
Que o amor verdadeiro é fácil encontrar, mas que você terá alguns desafios para viver o.... "foram felizes para sempre" com ele!
Besteira... encontrar o amor é o grande desafio! É ele que nos exige paciência, determinação e persistência e não fatores como distância, tempo e traumas.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Sobre casas velhas e relacionamentos
Moro em uma casa velha, quando mudei ela se encaixava perfeitamente nos meus requisitos financeiros e logísticos. Ela tem cômodos amplos e bem distribuídos, onde coloquei uma escrivaninha bem grande, uma cama bem larga e ainda me sobrou espaço para dançar em frente ao espelho. O chão de taco dá um charme especial à ela. Apesar de todas essas característica, o que me faz mesmo gostar dela é que me sinto em casa, confortável e a vontade. Essa casa era muito boa no começo, mas começou a me “dar problemas”, incompatibilidade com moradora, cupim no forro, mato no quintal, goiabas infinitas, crianças na goiabeira... depois veio a reforma, 2 meses sem casa para morar, cano quebrado, 160 reais de gastos com água, vidros quebrados, box quebrado, armário quebrado, vizinho bêbado, vizinha barraqueira, imobiliária oportunistas, enfim, o conto de fadas virou um conto de terror. Com tantos “defeitos” só me restava uma iniciativa...mudar de casa. Essa parecia a decisão mais sensata e assim comecei a procura... apartamentos apertados e caros, casas com cômodos estranhamente distribuídos e, sempre, quartos pequenos. Um dia, cansada de procurar, pedi a Deus que iluminasse minha procura e decidi que só mudaria caso encontrasse um outro lugar que me fizesse querer morar nele... não encontrei e decidi ficar na casa. Hoje eu continuo me sentido em casa, adoro meu quarto espaçoso com chão de taco, quando longe sinto falta do meu cantinho que me deixa tão à vontade. Os problemas diminuíram, agora nem lembro de nenhum. Moral da história... casas velhas dão problemas, novas também, hoje sempre penso... “mudar de casa teria resolvido alguns problemas, trazidos outros, mas talvez eu nunca me sentisse tão em casa, tão feliz e a vontade”. Hoje considero essa casa como uma conquista, é como se estivéssemos em um relacionamento, perfeito no começo, desafiador no meio e sintonizado no final. Relacionamentos seguem sempre esses três momentos: bons, desafiadores, sintonizados e isso vai se repetir e repetir por toda a vida a dois, nunca será um conto de fadas, terá sempre capítulos de “terror”. Mas a questão é... o que te faz ficar em um relacionamento? O que te faz ficar em uma casa velha? Para as duas perguntas aprendi que não deve ser a falta de problemas, porque eles sempre existirão, de forma cíclica. Na atualidade vejo muita gente tratando relacionamentos como casas velhas, que podem ser abandonadas no primeiro sinal de problema, como um produto que deve ser consumido até o prazer acabar.... uma pena, porque certos sentimentos você não encontra em qualquer casa, nem pode comprar em um mercado.
Pra finalizar uma perguntinha básica.... como você trata seus relacionamentos?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Pessoas Meio...
Eu sou o tipo de pessoa Meio... meio bonita, meio feia, meio inteligente, meio burra, meio esperta, meio lerda, meio engraçada, meio séria, meio sem grana, meio molhada no momento (acabei de tomar chuva!) etc etc. Pessoas meio isso ou meio aquilo tem o privilégio de conseguir ver os dois lados da moeda, é como se caminhássemos em cima do muro, mas participando dos dois lados. Sempre me questiono porque sou o tipo de pessoa meio e qual seria minha importância no mundo, poderia dissertar horas sobre cada meio, mas prefiro focalizar em dois: meu lado meio alienada e meio esclarecida.
Lembro perfeitamente quando sai da total alienação e entrei na meio alienação, foi durante o cursinho pré-vestibular, contaram-me que meu mundinho bonito nunca existiu, que o mundo era feio, que minhas leituras fechavam meus olhos, que minha distração era um instrumento de manipulação, que minhas roupas, acessórios e comida eram fruto de exploração humana e fonte de desigualdade. Naquele momento tive a percepção de que a verdade era escuridão e a mentira luz.
A partir desse momento me tornei meio engajada, meio politizada, meio revoltada, meio inovadora, desde então sou assim... meio alienada. Sei exatamente que sou manipulada, que a verdade que me contam é parcial, que certos atos e descasos estimulam a impunidade e beneficiam a corrupção.... e o que faço? Nada... devo ser meio apática ou meio conformada.
Estar no meio não me faz melhor ou pior que ninguém, mas me dá opção de escolher um lado. Pessoas Meio tem a opção de ser totalmente esclarecidas, totalmente engajadas, totalmente politizadas, totalmente revolucionárias e não o fazem porque são... meio corajosas, meio preguiçosas e meio egoístas...uma pena!
Ao ler este texto alguns leitores vão dizer: “Nossa por que está sendo tão autocrítica?? Responderei: Estou escolhendo um dos lados e nesse lado não posso ser meio hipócrita!"
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Eu tenho mania de “me apegar”!
Por vezes desejei “me apegar” menos as pessoas, principalmente aos meus “rolos amorosos” rs, colocar em prática o “pega, mas não se apega”, mas estou beirando os 30 anos e ainda não aprendi isso. Encarava isso como um defeito e de repente me dei conta que isso é uma linda qualidade e que ser assim...sou eu! que apesar do sofrimento que gera...é bom!
Por que eu “me apego”?
Eu tenho o hábito de tornar toda e qualquer pessoal que entra na minha vida... especial! Por isso acabo sofrendo quando elas vão embora e não demonstram que fui especial também. Costumava falar para todas que iam o quanto elas foram especiais mas, por mais que minha auto-estima seja inabalável, falta de reciprocidade dói e desestimula. No final a dor passa e as pessoas que foram boas, mesmo que minimamente, ficam guardadas na minha memória, embaladas com carinho...isso me mantém imune ao rancor e a outros sentimentos ruins. As pessoas que foram ruins, também “me apeguei”, mas essas deixei ir, com meu perdão, apesar do sofrimento que me causaram, tornaram-me mais forte, tolerante e piedosa.
Eu tenho mania de “me apegar” sim e “me apego” mais àquelas pessoas que desejo que fiquem. Essas, além de especiais, são pessoas para as quais eu tento ser melhor todos os dias, pelas quais reflito sobre meus atos egoístas e impacientes, por quem faço questão de chorar e me alegrar minutos depois, por quem consigo ser forte, mesmo destruída por dentro.
Vendo dessa forma percebi que “se apegar”, às vezes dói, mas no fim sempre deixa algo bom, que “se apegar” nada mais é que tornar as pessoas especiais e querer ser especial pra elas... onde está o defeito nisso?
Bom esse texto vai pra todos que como eu... tem mania de “se apegar”
Parece um texto que escrevi para me sentir melhor...e é...mas o que me inspirou foi a lembrança de muitos amigos e amigas dizendo... “eu queria me apegar menos”.
Bora “se apegar" galera! rs
Por que eu “me apego”?
Eu tenho o hábito de tornar toda e qualquer pessoal que entra na minha vida... especial! Por isso acabo sofrendo quando elas vão embora e não demonstram que fui especial também. Costumava falar para todas que iam o quanto elas foram especiais mas, por mais que minha auto-estima seja inabalável, falta de reciprocidade dói e desestimula. No final a dor passa e as pessoas que foram boas, mesmo que minimamente, ficam guardadas na minha memória, embaladas com carinho...isso me mantém imune ao rancor e a outros sentimentos ruins. As pessoas que foram ruins, também “me apeguei”, mas essas deixei ir, com meu perdão, apesar do sofrimento que me causaram, tornaram-me mais forte, tolerante e piedosa.
Eu tenho mania de “me apegar” sim e “me apego” mais àquelas pessoas que desejo que fiquem. Essas, além de especiais, são pessoas para as quais eu tento ser melhor todos os dias, pelas quais reflito sobre meus atos egoístas e impacientes, por quem faço questão de chorar e me alegrar minutos depois, por quem consigo ser forte, mesmo destruída por dentro.
Vendo dessa forma percebi que “se apegar”, às vezes dói, mas no fim sempre deixa algo bom, que “se apegar” nada mais é que tornar as pessoas especiais e querer ser especial pra elas... onde está o defeito nisso?
Bom esse texto vai pra todos que como eu... tem mania de “se apegar”
Parece um texto que escrevi para me sentir melhor...e é...mas o que me inspirou foi a lembrança de muitos amigos e amigas dizendo... “eu queria me apegar menos”.
Bora “se apegar" galera! rs
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Um presente de percepção vale mais que um presente de ostentação!!!
Esse ano muita coisa me sensibilizou, incomodou e/ou revoltou, algumas me fizeram chorar, outras apertaram o coração. Sobre muita coisa escreverei ou já escrevi, sobre outras jamais falarei. Mas o tema que me inspirou a escrever hoje cabe muito bem em épocas como esta, que apesar de todo oportunismo comercial, aproxima as pessoas. Especialmente uma pessoa me inspirou e me fez perceber o quão displicentes podemos ser. Por alguns dias estive mal, preocupada, apreensiva, precisava tomar decisões e acalmar o coração, estava de TPM, com saudades e extremamente carente, conversei com várias pessoas, repeti diversas vezes minhas lamúrias, todos ouviram e tentaram me confortar. Apesar disso, apenas uma pessoa fez a diferença, ela falou pouco, foi embora e me trouxe um presente. Tal atitude mudou meu dia... foi uma caixa de Ferrero Rocher, mas poderia ser uma bala e ainda assim causaria o mesmo efeito. Naquele dia ele me percebeu, quis me dar um carinho, pois viu que eu precisava daquilo... foi bom ser percebida. Depois disso refleti como tantas vezes fico tão centrada em meus problemas e obrigações, que acabo esquecendo de perceber as pessoas ao meu redor, que talvez aquela pessoa mais alegre, chore sozinha a noite; que a mais independente, grite silenciosamente por amparo e a mais forte, esconda suas fraquezas.
Nessas e outras épocas nos preocupamos tanto em comprar os “presentes perfeitos”, que esquecemos que, talvez, nosso presenteado precise apenas de um pouquinho de carinho e atenção. Tudo bem... não é fácil dizer a seu filho de 5 anos que, em vez de um tablet, ele vai ganhar um abraço; difícil dizer a namorada que ela não vai ganhar aquele sapato maravilhoso, e sim uma massagem haha...que pena que os valores estejam tão desvairados a ponto de um sapato valer mais que um toque. Mas enfim, o mundo não vai mudar tão cedo, no entanto, na próxima compra pensarei...
“Um presente de percepção vale mais que um presente de ostentação”......no mínimo uma boa desculpa para “mãos de vaca” como eu rs
Bom, finalmente saiu um textinho...com ele desejo também um Feliz Natal, um Próspero 2013 e mais Percepção
Nessas e outras épocas nos preocupamos tanto em comprar os “presentes perfeitos”, que esquecemos que, talvez, nosso presenteado precise apenas de um pouquinho de carinho e atenção. Tudo bem... não é fácil dizer a seu filho de 5 anos que, em vez de um tablet, ele vai ganhar um abraço; difícil dizer a namorada que ela não vai ganhar aquele sapato maravilhoso, e sim uma massagem haha...que pena que os valores estejam tão desvairados a ponto de um sapato valer mais que um toque. Mas enfim, o mundo não vai mudar tão cedo, no entanto, na próxima compra pensarei...
“Um presente de percepção vale mais que um presente de ostentação”......no mínimo uma boa desculpa para “mãos de vaca” como eu rs
Bom, finalmente saiu um textinho...com ele desejo também um Feliz Natal, um Próspero 2013 e mais Percepção
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