terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pessoas Meio...



Eu sou o tipo de pessoa Meio... meio bonita, meio feia, meio inteligente, meio burra, meio esperta, meio lerda, meio engraçada, meio séria, meio sem grana, meio molhada no momento (acabei de tomar chuva!) etc etc. Pessoas meio isso ou meio aquilo tem o privilégio de conseguir ver os dois lados da moeda, é como se caminhássemos em cima do muro, mas participando dos dois lados. Sempre me questiono porque sou o tipo de pessoa meio e qual seria minha importância no mundo, poderia dissertar horas sobre cada meio, mas prefiro focalizar em dois: meu lado meio alienada e meio esclarecida.
Lembro perfeitamente quando sai da total alienação e entrei na meio alienação, foi durante o cursinho pré-vestibular, contaram-me que meu mundinho bonito nunca existiu, que o mundo era feio, que minhas leituras fechavam meus olhos, que minha distração era um instrumento de manipulação, que minhas roupas, acessórios e comida eram fruto de exploração humana e fonte de desigualdade. Naquele momento tive a percepção de que a verdade era escuridão e a mentira luz.
A partir desse momento me tornei meio engajada, meio politizada, meio revoltada, meio inovadora, desde então sou assim... meio alienada. Sei exatamente que sou manipulada, que a verdade que me contam é parcial, que certos atos e descasos estimulam a impunidade e beneficiam a corrupção.... e o que faço? Nada... devo ser meio apática ou meio conformada.
Estar no meio não me faz melhor ou pior que ninguém, mas me dá opção de escolher um lado. Pessoas Meio tem a opção de ser totalmente esclarecidas, totalmente engajadas, totalmente politizadas, totalmente revolucionárias e não o fazem porque são... meio corajosas, meio preguiçosas e meio egoístas...uma pena!

Ao ler este texto alguns leitores vão dizer: “Nossa por que está sendo tão autocrítica?? Responderei: Estou escolhendo um dos lados e nesse lado não posso ser meio hipócrita!"

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Eu tenho mania de “me apegar”!

Por vezes desejei “me apegar” menos as pessoas, principalmente aos meus “rolos amorosos” rs, colocar em prática o “pega, mas não se apega”, mas estou beirando os 30 anos e ainda não aprendi isso. Encarava isso como um defeito e de repente me dei conta que isso é uma linda qualidade e que ser assim...sou eu! que apesar do sofrimento que gera...é bom!

Por que eu “me apego”?

Eu tenho o hábito de tornar toda e qualquer pessoal que entra na minha vida... especial! Por isso acabo sofrendo quando elas vão embora e não demonstram que fui especial também. Costumava falar para todas que iam o quanto elas foram especiais mas, por mais que minha auto-estima seja inabalável, falta de reciprocidade dói e desestimula. No final a dor passa e as pessoas que foram boas, mesmo que minimamente, ficam guardadas na minha memória, embaladas com carinho...isso me mantém imune ao rancor e a outros sentimentos ruins. As pessoas que foram ruins, também “me apeguei”, mas essas deixei ir, com meu perdão, apesar do sofrimento que me causaram, tornaram-me mais forte, tolerante e piedosa.

Eu tenho mania de “me apegar” sim e “me apego” mais àquelas pessoas que desejo que fiquem. Essas, além de especiais, são pessoas para as quais eu tento ser melhor todos os dias, pelas quais reflito sobre meus atos egoístas e impacientes, por quem faço questão de chorar e me alegrar minutos depois, por quem consigo ser forte, mesmo destruída por dentro.

Vendo dessa forma percebi que “se apegar”, às vezes dói, mas no fim sempre deixa algo bom, que “se apegar” nada mais é que tornar as pessoas especiais e querer ser especial pra elas... onde está o defeito nisso?

Bom esse texto vai pra todos que como eu... tem mania de “se apegar”

Parece um texto que escrevi para me sentir melhor...e é...mas o que me inspirou foi a lembrança de muitos amigos e amigas dizendo... “eu queria me apegar menos”.


Bora “se apegar" galera! rs