sábado, 10 de dezembro de 2011

Funk e Nietzsche... rola?

Leituras de cabeceira atuais: Biologia da Conservação (Primark e Rodrigues); Humano, Demasiado Humano (Nietzsche) e Revista Boa Forma.

Bióloga? Filósofa? Personal trainner? Intelectual ou Fútil?

O que se pode dizer da “bagagem cultural” de uma pessoa por aquilo que ela lê ou deixa de ler?

Qual é o grau de inteligência de alguém que escuta funk?

Às vezes eu me sinto no meio, sentada entre uma pessoa que gosta de falar apenas futilidades e outra que gosta de falar dos últimos avanços nas pesquisas acadêmicas. Como uma boa leonina gosto de palpitar um pouquinho sobre cada coisa, mesmo entendo uma frase do assunto, talvez eu seja apenas ansiosa ou intrometida. Às vezes eu apenas penso... nossa como uma pessoa essencialmente intelectual é chata, ou imagino... como uma cabeça fútil é vazia. A grande questão aqui é que o fato de eu dançar funk e ler a revista Tititi não significa nada sobre o meu “grau de intelectualidade”, e o fato de ouvir Bach e ler Maquiavel não vai dizer nada sobre minha bagagem de “cultura inútil”. Afinal o que se define como intelectual ou fútil? aquilo que é intelectual é bom e aquilo que é fútil é ruim? Será?
Não pretendo fazer apologia ao funk e nem incentivar a leitura de Nietzsche, isso não nos faz melhores ou piores, legais ou chatos, nos faz apenas sensíveis. Leio Nietzsche e não quer dizer que entendo, assisto novela e não quer dizer que não penso. Faço o que faço, porque preciso daquilo, naquele momento, porque às vezes gosto de refletir sobre o “ser ou não ser”, porque às vezes eu gosto de torcer pelo “Peneirão”. Tem dias que quero ser mais inteligente, tem dias que quero apenas esquecer quem sou.
Vamos parar de ser tão “maniqueísta”, de achar que aquela ou essa música é melhor, sentir mais e julgar menos, talvez a felicidade plena esteja apenas na anulação de uma crítica.

Bom esse são os meus votos para 2012 para mim e para vocês caros leitores.

Ahhh e boas festas também com muito funk e Nietzsche hauhauau!

8 comentários:

Brisa Rosketa disse...

oi Jagsss, olha só quem passou por aki...kkkk... hj estav c vontade de ser mais intelectual, por isso que li...kkkk, bjooosss amo vc minha amiga!!!!

Anônimo disse...

Jags!!!! meu primeiro comentário no seu blog!!! eu não disse que iria participar mais de seu blog? cá estou! ebaaaa!!! hehehe
Gostei das suas análises do ser intelectual ou fútil... aliás, não existe definição né... rsrs... apenas temos que ser nós mesmos e parar de rotular as pessoas e a nós mesmos!! ;)
Só uma correção: a mulher da novela é Pereirão!! hahaha...
Jags querida, lhe desejo um Feliz Natal e um Excelente Ano NOvo pra vc e sua família!!! mta paz, mta saúde que o resto a gente corre atrás!!! amo vc!! um super bjo da Migs!!!!

Temo disse...

Se Funk com Nietzsche rola? Opa se rola, não só rola como até já existe!

http://www.youtube.com/watch?v=bpjW9CcXHQA

maruchoa75 disse...

A questao e saber sobre o que e mais importante para vc no momento,pois cada um de nos tem seus desejos e vontades do qual cada individuo dever saber respeitar afinal tem um sabio ditado que diz "gosto e igual a um cu, cada um tem o seu" hahaha
Carry on baby and don't give up!!!!
Forever your friend Marcelo

Anônimo disse...

Hoje me embebedei sozinho e resolvi ler coisas boas... Quem vc acha ?!

Thiago disse...

Olá Rosa Esclarecida, tudo bem?

Olha, sinceramente eu penso que "dançar funk e ler a revista Tititi" indica, sim, seu grau de intelectualidade. Mas eu acho que a questão não é sobre intelectual ou não-intelectual, melhor ou pior, cult ou não cult... Podem existir (e existem!) pessoas muito cultas, que ouvem o melhor, leem o melhor e são um lixo como pessoas. Eu acho que o que realmente importa é se a pessoa procura fazer algo de bom na sua vida, ser correto e gentil com as pessoas, acrescentar algo a esse mundo onde quer que passar... seja lendo Nietzche ou Tititi.

Claro que existe um grande porém nisso. Infelizmente, tititi e funk são coisas que passam mensagens que não levam o ser humano a ser melhor, mas sim mais animalesco, no meu humilde ponto de vista. Kant diz que a liberdade é viver de acordo com uma lei que nós nos impomos, ao invés de viver na lei da natureza. E, quanto mais se buscar o bem de todos, mais essa lei auto-imposta será semelhante entre as pessoas. Todos os grandes cientistas e filósofos abriram mão de uma vida de divertimentos, indo contra a sua natureza de saciar os instintos, sendo até muito "chatos", para tentar construir algo de bom para o mundo. Eu acredito muito nisso... não importa ser chato, ser discriminado, ser "errado" perante os outros. Importa fazer o bem. E pra isso precisa-se de MUITA coragem, já me referindo ao seu outro post...

Gosto das discussões aqui, continue postando! Um grande abraço e desculpe se fui grosso ou mal-educado em algum momento >.<

Eu disse...

Hahaha claaaro que não foi grosso e nem mal-educado, a idéia do blog é mesmo essa...que as pessoas coloquem seus pontos de vista!!! Pode falar o que vier na mente rs!!! Valeu...bjão a todos

Marcelo disse...

mMitas pessoas dizem que o Samba, que hoje é tão aclamado pela ´´elite intelectual``, outrora já foi marginalizado tal qual o funk é hoje. Mas a senhorita não acha que o funk embrutece nossa sociedade? Não acha qeu o funk banaliza o sexo e a sensualidade? Não acha que o funk faz apologia ao crime???
Mas é válido lembrar que gosto da forma como escreve e embora eu levante alguns questionamentos, gostei muito do texto!