quinta-feira, 1 de abril de 2010

Por que ainda vou no 100 dias?

Muitas pessoas não acreditam que ainda frequento o 100 dias, mas eu frequento e frequentarei até sei lá quando.
Bom, antes de começar a falar sobre o 100 dias, devo explicar o que é o 100 dias para quem não conhece... O 100 dias é uma festa que tem como elementos: um trio elétrico, muita cerveja e, na maioria das vezes, lama, muita lama, ressaltando que é tudo de graça, porém a entrada não é liberada, tenta-se restringir a entrada apenas aos alunos da faculdade organizadora. Essa festa é oferecida pelos futuros formandos e o nome dela deveria representar o número de dias que faltam para formatura, mas nem sempre, ou quase nunca, representa.
Eu adoro o 100 dias, entendo esse dia como o dia em que voltamos a ser crianças, afinal em que outra fase da vida é gostoso rolar na lama rs. Criança não bebe cerveja (ou não deveria), mas um bêbado pode muito bem ter atitudes de criança quando bebe, e isso é gritante no 100 dias. Nessa festa homens e mulheres brincam de correr, de derrubar, de imitar, de se sujar... homens e mulheres simplesmente brincam! A partir da 12h, de uma segunda ou terça-feira comum, deixam suas obrigações adultas de lado e vão fazer coisas de crianças. A bebida pode ser perigosa, mas na medida certa e nos momentos de felicidade é também uma espécie de destruidora de barreiras, ela derruba o muro da vergonha, o muro do pudor, o muro da sensatez, traz de volta aquela despreocupada e inocente capacidade de falar sem pensar, de agir espontaneamente. Essa característica da bebida não poderia ser mais ideal em uma festa onde a estética é o menos importante, onde a maioria das pessoas usa suas piores roupas (aquelas prontas para serem jogadas no lixo), onde o cabelo não tem chapinha, nem gel, onde o protetor é o cosmético mais essencial.
O 100 dias devia ser livre de preconceitos, de inimizades, de errôneas interpretações, mas nada é perfeito, ainda mais quando é feito de humanidades. O 100 dias, para mim, é o “Dia das crianças” para adultos, onde exercito minha capacidade de brincar, tão esquecida em meu cotidiano adulto.
Quando estou lá, no meio de toda aquela criancice, eu rio à toa, às vezes deixo as lágrimas se unirem às gotas de cerveja. Rio pela felicidade de existir uma festa assim, choro de medo de ser meu último 100 dias.
Infelizmente, apesar de toda beleza infantil, nessa festa existem adultos com suas imperfeições que o mundo já não compreende tão bem, então nesse mesmo dia muitas criancices são entendidas como afronta, muita bricandeira como “fazer graça”, eu prefiro ver com olhos de criança, prefiro enxergar a pureza dos atos, a beleza dos sorrisos desses adultos, voltando a ser crianças.
Tem muita coisa ruim nessa festa também (incluindo 3 pontos no pé esquerdo rs), mas este texto é para dizer o motivo pelo qual ainda frequento, então é isso ai!
Agora deixo uma frase que formulei ao sair do último 100 dias que fui...

Quando eu não quiser mais brincar de viver, então estarei pronta para deixar a vida!

Frase forte não!!! Coisa de bêbada hauhauahuah

No momento quero brincar muuuuuuuuuuito então que venham os próximos 100 dias e outras oportunidades de ser criança rs

3 comentários:

Unknown disse...

Vish vc manda muito bem...
;)

Gostei da parte da estética e do protetor ! =) Bom msm...

Hmmm então até o próximo 100 dias ! Bjo gatchenha ! uhehua

Daniel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel disse...

Já fui!!
A única peça de roupa que me restou, foi a bermuda...